2014 foi o ano da verdade, por Nancy Ferruzzi Thame

20 de dezembro de 2014 0

nancy confraternização 2

O Brasil tinha um calendário promissor, quando 2013 despedia-se com ares esperançosos. Vinham aí a Copa do Mundo, as Olimpíadas e as oportunidades para a economia.

Na verdade, 2014 começou em 2013, em junho, quando a voz das ruas ecoou e ditou o início da campanha eleitoral, antes mesmo do tempo regulamentar. Enquanto essa disputa não começava oficialmente, a partida de futebol que nos deu o gosto amargo da derrota, mostrou também um  choque de realidade.

Confundia-se  pessimismo com realidade e estávamos diante de um 2014 nada simples. A campanha eleitoral se constituiu num enredo complexo, de personagens que dividiram a opinião pública e, mais do que isso, fatos que mudaram o curso do processo eleitoral, como a trágica morte de Eduardo Campos e a entrada de Marina Silva na disputa.

Que país era o Brasil? Quem eram os eleitores? Revoltados, descrentes, indecisos, maioria de mulheres, idosos, jovens. Quanto mais informação, mais era necessário refletir sobre a política e o seu papel na sociedade. A crise instalada na maior empresa brasileira, a Petrobras, e seu desenrolar aterrador que continuamos vendo todos os dias na mídia nacional. Um tsunami de corrupção e de atitudes antidemocráticas que continuam varrendo o Brasil.

Tivemos, no campo da política de gênero, de nos deparar com outros retrocessos. Vimos o Brasil cair na classificação mundial de acesso de mulheres nos parlamentos e na aplicação das políticas para este fim. Mas não desanimamos. Nossa participação nesse processo até as eleições 2014 veio desde quando nos preparávamos, há dois anos, para ter candidatas alinhadas pela política de gênero e com propostas acolhidas pelos nossos candidatos majoritários.

Percorremos o Estado, consolidamos o Secretariado em todas as regiões, debatemos a política com a presença da mulher trabalhadora, dona-de-casa, defensora de causas que precisam da ação dos governos e dos parlamentos a seu favor. O resultado disso, não somente em São Paulo, mas em todo o Brasil, onde o PSDB Mulher realizou os encontros regionais, foi um mapa de diferentes realidades das mulheres.  Juntamos propostas que integraram um documento entregue, em maio, ao senador Aécio Neves, então pré-candidato à Presidência da República e, outro documento, ao governador Geraldo Alckmin. Nesse período, realizamos treinamentos com as candidatas do PSDB-Mulher em Brasília e, aqui em São Paulo, realizamos seminários e cursos em parceria com a Fundação Konrad Adenauer.

Veio a campanha e crescemos na participação. Nas convenções estadual e nacional apresentamos as diretrizes das mulheres estampadas em faixas, camisetas e cartazes. Abraçamos candidaturas, cobramos dos candidatos que abraçassem a nossa causa. Quando Geraldo Alckmin venceu no primeiro turno em São Paulo e, depois, Aécio surpreendeu a todos com a virada que nos levou ao segundo turno das eleições presidenciais , reunimos as mulheres dos partidos aliados no Sudeste, unificamos a campanha, mobilizamos mulheres em todo o Brasil no movimento Todas com Aécio. Lançamos a onda da Flor Azul, que simbolizou a presença das mulheres na campanha eleitoral.

Finalmente, encerramos o ano com chave de ouro. Nosso governador, Geraldo Alckmin recebeu da comissão de mulheres do PSDB e dos partidos da base aliada e apresentamos diretrizes para somar a seu plano de governo. Podemos dizer: 2014 foi um ano de conquistas, de avanços e de vitória.

Em 2015 voltamos com nosso calendário de cursos e treinamentos para seguir com o objetivo de termos mais mulheres na política, nos partidos, nos governos e nos parlamentos.

Obrigada a todos que nos apoiaram e que ajudaram na concretização de tantas ações nesse mandato que recebi da presidente licenciada, Almira Garms, como um voto de confiança para a continuidade e evolução de seu trabalho. Agradeço à presidente do PSDB Mulher Nacional, Solange Jurema, a sua vice, Thelma de Oliveira, pela parceria na Executiva Nacional.

Obrigada a todas as mulheres militantes, líderes comunitárias, trabalhadoras das bases, coordenadoras regionais  e a você que pode estar me lendo agora e decidindo se unir a nós.

Sejam bem-vindas ao PSDB Mulher em 2015, queremos você conosco!

 

*Nancy Ferruzzi Thame é presidente do PSDB-Mulher SP

 


Deixe uma resposta »