

O presidente estadual do PSDB-SP, Marco Vinholi, encerrou o evento com uma conversa franca com as presentes sobre a participação feminina na política e as políticas de estado para as mulheres. “É muito importante falar, mas também é fundamental ouvir e eu quero, hoje, ouvir vocês”, disse.
MULHER NA POLÍTICA
Em palestra, a vereadora de Piracibacaba (SP), Nancy Mendes Thame, mostrou em números a longa distância que as mulheres terão de percorrer para chegar à média mundial de legisladora identificada pela União Inter-Parlamentar em 2017, de 23,5%.
A comparação feita, entre 193 nações, mostra como o Brasil destoa nesse cenário. Pior, caiu do 116º lugar para 151º posto. Mesmo as mulheres sendo a maioria da população brasileira.
Aliás, elas representam quase 45% do total de filiados aos partidos políticos no país, mas na Câmara dos Deputados e no Senado ocupam apenas 15%. Isso, embora a Câmara tenha eleito a maior bancada feminina da história da Casa, com 77 deputadas.
A meta do PSDB-Mulher é aumentar o número de prefeitas e vereadoras no próximo ano. Um novo desafio para o segmento, que em 2018 conseguiu aumentar a bancada feminina do PSDB 60% na Câmara e 33% nos estados. Hoje o partido tem a maior bancada feminina entre todos os partidos da Câmara.
Ampliar a participação feminina na política, no entanto, não é uma tarefa fácil, nem mesmo com a cota de 30% nas eleições proporcionais. Só no ano passado, essas candidatas tiveram a garantia de que receberiam 30% dos recursos do Fundo Eleitoral, graças a uma decisão histórica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
CONQUISTAS

Dentro do PSDB, o PSDB-Mulher sobreviveu com louvor ao tsunami que abateu a legenda no ano passado. Justiça seja feita ao então presidente nacional do partido, Geraldo Alckmin, determinar que a primeira legenda a destinar 30% dos recursos do Fundo Eleitoral para as campanhas femininas, conforme determinou o Tribunal Superior Eleitoral.
O fato é que o aumento das mulheres na política garante maior foco a políticas públicas que visem a justiça social. Novas conquistas virão com uma mudança cultural que já começou pelo mundo, que garantem às mulheres o mesmo espaço que o homem.
Essa é uma luta relativamente recente. Haja visto que a primeira prefeita do Brasil e da América Latina, Luzia Alzira Teixeira Soriano, foi eleita em 1928, há 91 anos. A primeira deputada federal há 85 anos, em 1934, e a primeira senadora há apenas 40 anos, em 1979.