FHC e a tormenta petista

4 de agosto de 2015 0

Há raros momentos, nos períodos de tormenta que ciclicamente afetam a vida de um país, em que um gesto de serenidade e de lucidez ilumina o cenário para expor, aos que têm olhos para ver, o melhor caminho para a bonança. Em artigo publicado domingo no Estado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rejeitou qualquer conversa com o PT que “cheire a conchavo ou, pior, que permita a suspeita de que se deseja evitar a continuidade nas investigações em marcha” sobre corrupção no governo. E acrescentou: “Para dialogar, não adianta se vestir em pele de cordeiro. Fica a impressão de que o lobo quer apenas salvar a própria pele”. “Será que chegou o tempo”, diz o texto, “de rezar pela sorte de alguns setores da vida empresarial e política? Talvez. Mas a hora para agir já não é mais, de imediato, do Congresso e dos partidos, mas, sim, da Justiça.” É o caminho.

Com esse artigo, o líder tucano desmonta a ardilosa tentativa lulopetista de envolver o maior partido da oposição num “diálogo” capaz de neutralizar politicamente tanto a possibilidade de eventualmente o Congresso votar o impeachment de Dilma Rousseff – por conta, por exemplo, da rejeição das contas do governo pelo TCU – como de a Operação Lava Jato resultar na condenação dos líderes do PT e da base aliada por envolvimento com o escândalo da Petrobrás e outros, como do setor elétrico, a que as investigações levem. Leia mais em O Estado de S. Paulo.


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