À medida que a Operação Lava-Jato, iniciada em março do ano passado, avançava em direção a Petrobras, políticos e empreiteiros, houve quem achasse que, em algum momento, a ação da Polícia Federal e a energia do juiz Sérgio Moro e do MP enfrentariam alguma barreira intransponível. Até agora, não aconteceu — para o bem das instituições.
Na terça-feira de madrugada, a Lava-Jato, sob o nome de Politeia — cidade grega virtuosa, uma suprema ironia —, chegou em Brasília, ao Senado e à Câmara. Com mandados de busca e apreensão assinados por ministros do Supremo — Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello —, policiais federais recolheram material na Casa da Dinda, do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL); fizeram o mesmo na sede da emissora de TV do senador, em Maceió, repetidora da Globo; também visitaram Ciro Nogueira, senador piauiense pelo PP; o senador e ex-ministro Fernando Bezerra (PSB-PE) e ainda o deputado Eduardo Fonte (PP-PE). Estes, os de maior status. Houve outros. Leia mais em O Globo.