Sou pai de duas criaturas belíssimas. Não estou me gabando. Tenho consciência de que a beleza delas é herança materna. Lido todos os dias com o espanto de desconhecidos: “São lindíssimos os seus filhos! Como é possível?!”
As pessoas mais delicadas evitam aquele “como é possível?” – mas eu leio nos olhos delas a maldita incredulidade. Então mostro uma fotografia da mãe e sossegam um pouco: “São a cara da mãe, os dois. É negra, ela?”
Depende. Em Angola é mulata. Na maior parte dos países africanos também. É negra no Brasil, nos Estados Unidos e na Suécia ou na Dinamarca. Na Índia, no Reino Unido ou na África do Sul, tem sido indiana. Quanto a mim, sou meio indiano na Índia, meio malaio na malásia, de raça indecifrável nos Estados Unidos, e totalmente árabe em qualquer país do norte de África, na Bélgica, em França, na Alemanha ou na Suécia. Viajando pela Europa, sou quase sempre muito árabe. Clique AQUI para ler a íntegra.
Do site do PSDB-Mulher Nacional