É preciso que o Brasil, urgentemente, retome sua responsabilidade fiscal. O PSDB é o partido que desde o início empunhou essa bandeira e fomos nós que conseguimos apoiar a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), ainda na gestão FHC, lei essa que restringe os gastos desordenados do governo, que sempre foram uma constante antes de nós e continuam a sê-lo nos governos petistas. Onde estava a senhora Marina Silva, então? No PT, seu partido de origem, votando contra a LRF. Apenas com responsabilidade fiscal o país pode retomar a confiabilidade por parte dos investidores, os juros podem voltar a cair e a economia pode retomar sua recuperação. É a tal previsibilidade dita e repisada por Aécio na entrevista no Jornal da Globo e detestavelmente ironizada por Lula. Aliás, o governo do PT é especialista em debochar das regras macro-macroeconômicas e afugentar investidores. É por isso que nosso crescimento econômico, atualmente, é pífio.
Desde os primórdios o PT adotava uma ladainha mesquinha de que poderia governar sozinho, por meio de bravatas e de voluntarismo político. Quando chegou ao poder, no entanto, e lá se abancou, não querendo deixar o poder nunca mais, mergulhou ainda mais fundo em práticas da velha política, como o fisiologismo com o Congresso e a concessão de ministérios como moeda de troca para montar um projeto de governabilidade. Eles fizeram o extremo oposto do que pregavam. A tática do PT foi, sempre que precisou de governabilidade, pagar mensalões. E é justamente isso que estamos constatando agora: o mensalão da Petrobras, com 3% dos lucros da empresa sendo direcionados para comprar apoios entre congressistas e governadores.
Nós sempre falamos a mesma língua. Sempre fomos contra esse tipo de prática. Somos coerentes com nosso passado, o que embasa nossos procedimentos presentes e futuros. Ao contrário da candidata Marina, que é esquiva, evasiva e vem usando o mesmo discurso do PT, quando vê seu partido envolvido em suspeitas também. Todos nós sentimos muito a perda do grande político Eduardo Campos. A candidata Marina, no entanto, ao ver o nome de Eduardo acusado pelo delator da Petrobras, logo mostrou que ela também usa as mesmas ferramentas da velha política, pretensamente combatida por ela: são dois pesos e duas medidas, pois, quando as acusações são contra sua candidatura, trata-se de leviandade, quando são contra os outros trata-se da verdade. Defendemos que todos sejam investigados, custe o que custar, doa a quem doer. Embora Eduardo fosse amigo de Aécio e tenha morrido de uma forma horrível, tão sentida por todos, não é por isso que deve ser poupado, como pretende Marina “para salvar sua pele”. Se as suspeitas fossem contra Aécio, teriam de ser investigadas também. Marina mostra que é mais do mesmo, querendo posar agora de terceira via, mas evidenciando os mesmos vícios do PT, a sua origem.
A verdade é que o PT vem de forma desavergonhada aviltando, desmontando, dilapidando o patrimônio público em nome de sua perpetuação no poder, e quem paga o preço disso é a sociedade brasileira, através dessa carga tributária, que é das mais elevadas do mundo. O mensalão 2 tem proporções ainda maiores que as do primeiro, pois aqui se trata da Petrobras, uma das empresas mais ricas do mundo, usada como moeda de troca para o aparelhamento do estado brasileiro, aparelhamento esse que foi usufruído por todos os partidos que participaram da base de apoio do governo petista, entre eles o PSB da senhora Marina Silva, que por ora é seu partido. Digo por ora porque ela muda de partido como quem muda de roupa. Não sabemos ao certo se permanecerá no PSB, se acaso eleita.
A terceira via de Marina, está mais do que provado, é pura falácia. Para haver uma verdadeira moralização desse país é preciso tirar o poder de toda e qualquer mão que o tenha manuseado nos últimos tempos, que tenha participado da base de sustentação governista. Aécio, a cada dia, se revela o que de melhor pode haver para o Brasil nos próximos anos.
*Dell Santos Coordenadora de Eventos do PSDB Mulher Municipal (SP) e diretora de eventos pelo Tucanafro Estadual
